Acabei de ver uma notícia sobre a Adele.
E nela dizia que a Adele, numa entrevista à revista “Vogue”, disse que nunca vai perdoar o pai por este ter vendido a história da relação de ambos ao jornal «The Sun», falando do seu alcoolismo e da separação da mãe da cantora; e que se o vir novamente que lhe cospe na cara.
No fim de ler a notícia, fui ver os comentários. E neles diziam coisas como: “um pai é pai; a fama subiu à cabeça desta senhora foi o que foi agora tem dinheiro e já não liga à família pobre, é mal-agradecida, foi ele que te deu comer, eu matava-te grande estupida”; “pai é sempre pai; Um filho nunca se deve revoltar contra os pais seja em que contexto for...”
Estas pessoas não deviam dizer este tipo de coisas sobre a Adele. Elas não fazem a mínima ideia do que é que o pai lhe fez no passado (acho eu). Eu acredito na Adele. De certeza que ela tem os seus motivos para ter dito isto.
E aquilo que “pai é pai” e “um filho nunca se deve voltar contra os pais seja em que contexto for” é uma treta. Depende dos pais. Depende daquilo que eles fazem aos filhos. Ser pai não significa que gostem dos filhos ou que os tratem bem. Para ser sincera se eu pudesse nunca mais veria o meu pai, nunca mais falava com ele; mas moramos na mesma cidade e às vezes cruzamo-nos na rua. Não fazem ideia do quanto eu quero nunca mais ter que falar com ele, estou ansiosa para que o divórcio dos meus pais saia para não o ter que fazer. Durante anos esperei por isto. É-me indiferente se ele está bem ou não. O facto de eu ter uma péssima auto-estima, ser super insegura comigo própria, de certo modo, acho que é culpa dele.
Vou ser sincera convosco: actualmente só falo com ele para ver se ele não cria problemas com o processo. No fim vai ser: "Bye bye you're dead to me!"
Se me quiserem criticar ou julgar, façam-no à vontade! Eu é que sei o que sofri durante 17 anos.